O general Adriano
Foto: Ana Branco / O Globo
O comandante militar do Leste, general Adriano Pereira Júnior, disse, na manhã desta terça-feira, que descarta uma volta do Exército ao Complexo do Alemão mesmo depois do ataque contra a sede da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) da Favela Nova Brasília, que terminou com a morte da soldado Fabiana Aparecida de Souza, de 30 anos. Para ele - que durante dois anos comandou as tropas militares no conjunto de favelas da Zona Norte -, a Polícia Militar conseguirá resolver sozinha a situação:
- Esse (a pacificação) é um processo longo, que precisa de tempo. A PM já está com reforço no local e, com certeza, vai resolver sozinha.
O oficial disse ainda acreditar que a soldado não tenha sido um alvo direto dos bandidos. Segundo ele, os criminosos queriam atirar contra o símbolo daquilo que eles não querem na região - a presença da PM.
- A morte da policial não estava prevista. Nós também fomos alvos de ataques, atiraram contra nossas bases. Por isso, andávamos sempre de colete e capacete - disse o general.
Para o comandante, os bandidos responsáveis pelo ataque não devem estar escondidos no Alemão. É mais provável que estejam em comunidades próximas, da mesma facção criminosa:
- Podem estar na Maré, que é ali pertinho, por exemplo.
O general Adriano disse também acreditar que a população vá colaborar para que os responsáveis pelo ataque sejam localizados - o telefone do Disque-Denúncia (2253-1177) está à disposição, assim como o 190 da Polícia Militar.
- A população da Penha e do Alemão não vai mais aceitar esse tipo de coisa. Eles viram que podem ser livres. Nos ajudaram muito quando estivemos lá. Alguém com certeza sabe quem fez isso.
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