Sem alarde, o Congresso
aprovou projeto que cria quase 30 mil cargos no Exército Brasileiro.
Mesmo com a determinação da presidente Dilma Rousseff para que o
Legislativo não aprove projetos que ampliem os gastos do governo, a
pressão das Forças Armadas levou o Senado a avalizar o aumento no
efetivo do Exército.
O projeto segue para sanção da presidente
Dilma Rousseff. A aprovação ocorreu em tempo recorde, menos de um mês
depois começar a tramitar no Senado - uma vez que o texto chegou para
análise dos senadores no dia 1º de novembro.
Pela proposta, serão criados de forma
escalonada 29.358 cargos. O número de novos oficiais, sargentos,
subtenentes e soldados vai crescer gradativamente até o ano de 2030.
O projeto determina que o número de
oficiais do exército seja de 40 mil, dos quais 182 oficiais-generais. Os
subtenentes e tenentes serão 75 mil e os cabos e soldados, 210 mil. O
aumento total será de 9,9% no efetivo do Exército, ampliando de 296 mil
para 325 mil o contingente total da Força Armada.
Na justificativa do projeto, o ministro
Celso Amorim (Defesa) diz que o aumento no número dos militares é
necessário para a execução de projetos como defesa cibernética, sistema
de defesa antiaérea e o Sistema Integrado de Fronteiras (Sisfron).
No começo de novembro, comandantes das
Forças Armadas reclamaram no Congresso que falta dinheiro para projetos
de defesa - até para o combustível de aviões e carros - e pediram um
adicional de R$ 7,45 bilhões no Orçamento de 2014, por meio de emendas
parlamentares.
O montante é o mínimo necessário, segundo
os militares, para garantir segurança a um projeto prioritário do
governo como o pré-sal.
Fonte: Jornal do Comérrcio
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